Quando chega o mês de outubro, nossa atenção se volta para a comemoração de São Francisco, dia quatro, para a festa da sua páscoa. Pensamos também em nós todos, que somos franciscanos e que, ao longo da caminhada, vamos construindo nossa identidade, hoje numa época de grandes mudanças e sérios questionamentos. No dia onze comemoraremos os cinqüenta anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e o início do Ano da Fé; doze de outubro comemora-se a festa da nossa Mãe Negra a Senhora Aparecida. Ainda comemoramos outros santos e santas, que estão na vida e na espiritualidade do povo católico brasileiro. Mas outubro é também o mês dedicado pela Igreja às missões, ou seja, o mês missionário. É um tempo de reflexão e aprofundamento sobre a caminhada da Igreja em vários lugares de missão onde estão inseridos tantos padres, irmãos e irmãs de várias congregações, ordens e institutos de vida apostólica e leigos. Para nós Franciscanos a missão deve ser nossa razão de “existir”, mas ela só acontece e, se faz nossa vida, nosso modo de existir, se, a vivermos primeiramente entre nós mesmos e em fraternidade; assim nos deixa claro nossas Constituições Gerais: “Sendo a comunhão fraterna, sustentada pela oração e pela penitência, o primeiro e mais claro testemunho do Evangelho e o sinal profético de uma nova família humana, a maneira de os irmãos viverem entre o povo seja tal que quem os vir ou ouvir glorifique e louve o Pai que está nos céus (CCGG. 87§2)”, portanto, é sempre a fraternidade que evangeliza. Nessa perspectiva, nós noviços, orientados pelos nossos formadores, realizamos durante o mês de maio, uma experiência missionária no Assentamento João Gomes, na grande Mucatu em Alhandra – Paraíba. Foi uma semana de missão, num sentido mais além daquilo que entendemos como missão, ou seja, uma semana de vivencia na vida do povo, rezando com eles, participando de suas atividades: na agricultura, nos trabalhos domésticos, ouvindo suas histórias, suas dificuldades, suas alegrias, homenageando e cantando a mãe de Jesus, pela qual aquele povo mantém uma forte devoção. Assim, como irmãos menores, nós vamos pelo mundo como servidores de Cristo, pobres entre os pobres, servindo e amando a todos de coração humilde e sincero e em menoridade. Que São Francisco nos ajude a cultivar sempre, o desejo pela missão a serviço de todos, não só pela missão ad gentes, mas também nos lugares onde estamos inseridos como frades menores. Enielmo Ehanis, noviço ofm
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